terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nós somos responsáveis

Oi gente,

A postagem de hoje tem uma causa nobre. Chegou o momento de deixar a omissão de lado, afinal, somos todos responsáveis!


Empresas podem adquirir cotas especiais de patrocínios.


Inspire-se e participe da corrente do bem.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ministério do carinho adverte: Falta de comunicação causa coxas assadas!!!!


Há alguns dias cometi um “orkuticídio” após seis longos aninhos de vida . O Facebook é a rede social do momento, então, como precisamos maximizar nosso tempo, resolvi seguir o conselho de muitos. Na verdade, esta morte trouxe reflexões que gostaria de compartilhar com vocês.

Sou da época em que as amizades eram plantadas nos corredores dos colégios. Numa época em que nem sequer existia celular, e telefone fixo era um luxo (assim como Dior, Victor Hugo e o hexa!). As pessoas marcavam encontros antecipadamente, sentavam para conversar “potoca” – aqui registro meu protesto pela falta de tempo de fazermos isto nos dias atuais -  ou, simplesmente, jogar conversa fora. Interessante que era exatamente a partir dessa conversa sem pauta definida que nos tornávamos íntimos de tantos pois talvez tivéssemos mais tempo para ouvir o outro falar sobre seus medos, conquistas, sobre sua vida, já que não havia celular tocando ou compromissos enforcando a agenda.
Os trabalhos em grupo eram excelentes motivos para passarmos dias nos reunindo e convivendo. E é por isso que é dessa fase que trazemos a maioria dos amigos classificados na categoria vida inteira.

Não tínhamos centenas de “amigos” como aparentamos ter hoje nas redes, porém, não precisávamos nos preocupar com privacidade. Sentíamos pavor de sermos seguidos, curtir significava muito mais do que um polegar levantado, cutucar era algo, digamos, muito íntimo.

Acho legal o sentimento de partilhar do FB: olhar a foto da pessoa ali, acompanhar suas atualizações... é como se de algum modo estivéssemos fazendo parte daquilo. Mesmo que estejamos longe ou ausentes, ela está ali. O contato nos consola da falta da presença, seja pela distância ou pela rotina que nos devora.

Não sei se você lembra da época do Mirc (final dos anos 90). Existiam as salas de chat e ali você conhecia pessoas, marcava encontros e partia para a vida real. Em menos de 10 anos, estamos conectados em tempo integral. Quase que apenas trocamos endereços eletrônicos no mundo real e já soltamos uma pérola: “nos falamos (e-mail, MSN ou FB)”. Sem falar na tendência de tentar fazer tudo via rede (banco, compras, lazer...), como os cursos estilo EAD, por exemplo, no qual você com muita sorte conhecerá pessoalmente um terço dos seus colegas de classe.


Longe de mim criticar a tendência do mundo virtual, da qual, inclusive, sou usuária assídua, mas a questão é o receio que ele deixe de ser um meio de comuicação para se tornar um “fim de comunicação”. Temo sinceramente que ele seja responsável pelo fim dos relacionamentos sinceros, daqueles em que olhávamos olhos nos olhos e conseguíamos visualizar a alma. Torço muito para que ele não nos furte das companhias que nos fazem bem, daquelas que passamos horas conversando coisas sem sentido que nos mostram todo o sentido da vida.


 Consola saber que há coisas que “ainda” não podem ser totalmente substituídas virtualmente: Dançar, jogar, correr, nadar, abraçar, beijar. Atividades físicas, de uma forma geral, exigem corpo, ação, presença!

Nisso tudo, resta-nos intensificar os momentos presenciais e apreciar moderadamente as tentações das redes sociovirtuais.

Afinal, acho que sentir o calor humano pode ser bem melhor do que ficar assando as coxas na bateria do note, não é?!

Beijinho

Márcia Rejane
Revisões e interessantes alterações de Beto Figueirôa